Embaixadores da FMVZ-USP realizam conexões que podem transformar vidas

Em uma tarde de outono, o dia parecia seguir como outro qualquer, mas se tornaria especial quando alunos de graduação da FMVZ-USP partiram em uma missão de esperança e inspiração. Com corações cheios de entusiasmo, Barbara, Fernanda, Júlia, Kethellen e Pedro, acompanhados por Maurício, cruzaram a porta da Escola Estadual José Gonçalves de Andrade Figueira, na cidade de São Bernardo do Campo, a cerca de 32 km da cidade de São Paulo.

Nesse dia, os alunos não iriam vestir seus jalecos, utilizar estetoscópios, cadernos para anotações, visitar baias, ou checar granjas. Nem Maurício iria orientar crianças no Museu de Anatomia Veterinária, onde é chefe. Era uma visita que levava mais do que informações; carregava sonhos, possibilidades e a certeza de que a educação é uma ponte que conecta vidas.

Ao organizarem uma sala em formato de pequeno auditório,  se depararam com olhares curiosos de cerca de 90 jovens do terceiro ano do Ensino Médio, acompanhados por professores especialmente atentos. O grupo de embaixadores da FMVZ preparou uma apresentação: uma janela aberta para o universo da Medicina Veterinária na USP, uma instituição que, para muitos, ainda parece distante, quase inalcançável. Mas ali, naquele momento, a Universidade se tornou mais próxima, palpável, real. Um dos aspectos mais importantes dessa iniciativa foi justamente motivar os estudantes do ensino médio e ampliar o conhecimento a respeito da universidade pública, mostrar um caminho possível a ser percorrido.

Muitos jovens ainda não têm  ideia  do que a USP representa, de como ela atua e das facilidades e oportunidades que oferece. A Universidade, por sua grandiosidade e complexidade, muitas vezes parece um mundo separado, inacessível, reservado a poucos. Mas a verdade é que ela  está de portas abertas, de possibilidades acessíveis a quem deseja transformar sua vida por meio da educação pública e gratuita.

Os visitantes, os “Embaixadores da FMVZ-USP”,  jovens como os estudantes do ensino médio, reforçaram essa mensagem ao compartilhar suas próprias trajetórias. Alguns passaram pelo ensino público, enfrentaram dificuldades, dúvidas e obstáculos, mas nunca perderam a esperança. Hoje, eles representam a ponte entre o desconhecido e o possível. Mostraram que a USP oferece muito mais do que uma formação acadêmica: ela disponibiliza facilidades como bolsas de estudo, moradia, transporte, alimentação, creches e programas de apoio que tornam o sonho de ingressar na Universidade mais acessível e real para quem deseja.

Ao explicar as formas de ingresso, as diferentes rotas — como o vestibular, a Fuvest, o Enem, o Provão Paulista, as cotas e as ações afirmativas —, os jovens perceberam que o caminho para a USP não é exclusivo, mas acessível a todos que se dedicam e acreditam. A Universidade se apresenta como uma oportunidade de transformação social, de ascensão e de realização de sonhos, independentemente da origem ou condição social.

O que torna essa ação ainda mais poderosa é a tentativa de romper as barreiras invisíveis que muitas vezes impedem os jovens de enxergar a si mesmos como possíveis estudantes universitários. Se apresentar onde não é conhecida é uma estratégia fundamental para democratizar o acesso à educação superior pública. É mostrar que a USP não é um universo distante, mas uma possibilidade concreta, que está ao alcance de todas aquelas pessoas que desejam e se esforçam para chegar lá.

Ao final da visita, ficou claro que ações como essa são sementes de mudança. Elas ajudam a construir uma nova narrativa, na qual o acesso à universidade pública deixa de ser um sonho distante para se tornar uma meta possível. E, mais do que isso, fortalecem a autoestima e a esperança desses jovens, que agora sabem que o caminho existe, que as facilidades estão lá, e que eles também podem fazer parte dessa história de transformação. Porque, no fundo, o que importa mesmo é mostrar que a universidade pública é para todos, mas é preciso que alguém mostre o caminho; mostre as portas.